Diários e Histórias dos Leitores

O segredo

Um cliente foi a um hotel e perguntou ao proprietário:
-O quarto 33 está vazio?
O dono do hotel respondeu que sim, estava vazio.

Ele perguntou se poderia apenas reservar para uma noite e dono respondeu que sim mas antes de subir fez um pedido ao proprietário:
-Uma faca preta e uma linha de seda branca de 33 cm de comprimento e uma laranja pesando 66 gramas.

O dono admirou-se pelos estranhos pedidos mas arranjou-os.
Ele não pediu comida, bebida ou qualquer outra coisa.
Felizmente, o quarto do dono do hotel ficava no andar debaixo do quarto 33 e depois da meia-noite, ouviu sons muito estranhos como se fossem animais, e vozes!

Os sons eram abafados como se fosse alguém batendo.
De manhã e antes de o cliente sair o proprietário do hotel pediu para verificar o quarto mas encontrou tudo impecável. O fio de seda e a faca preta na mesa, a laranja inteira, e tudo no lugar.

O cliente pagou a conta da noite em dobro e ainda deu mais gorjeta do que os outros clientes.
Passou-se um ano e o dono do hotel esqueceu-se do assunto.

Exatamente no dia 1º de março do ano seguinte ficou surpreso com a presença do mesmo homem no hotel.
Quando o viu, ele lembrou-se do que tinha acontecido no ano anterior…
O cliente voltou a solicitar o quarto 33, uma faca negra, um fio de seda de 33 cm e uma laranja de 66 gramas.

O dono do hotel obedeceu as exigências do misterioso hospede, mas decidiu ficar acordado para ver se descobria tal mistério.
Após a meia-noite, começaram os mesmos sons que tinha ouvido no ano anterior, só que desta vez estavam bem mais alto.

Pela manhã o cliente saiu e pagou a conta em dobro novamente e deu uma boa gorjeta.
O proprietário do hotel ficou ainda mais intrigado!

  • E a seleção do quarto nº 33?…
  • E a faca preta?…
  • E o peso da laranja?…
  • E o comprimento da linha de seda?…

Ao longo do ano ele esperou, ansioso, pelo mês de março…
E, na manhã do dia 1 de março, pelo terceiro ano consecutivo, lá apareceu o cliente e pediu as mesmas coisas…
O dono do hotel ficou acordado, disposto a descobrir o mistério, mas sem resultados.

Os mesmos sons foram ouvidos sempre com maior intensidade.
Pela manhã antes do cliente sair, quando veio pagar a conta, o dono do hotel disse que queria saber o que se passava.

O cliente respondeu: “Se eu lhe disser o segredo promete não contar a ninguém”?…
O proprietário do hotel disse: – “Eu prometo, não falo a ninguém, não importa o que me disser. Juro”!
E, de facto, o dono do hotel não contou a ninguém.

Ninguém, até hoje, sabe o que se passou!

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